31: Ciao, Firenze!

Bela, conforme combinado, tivemos algumas horinhas de trabalho com a France antes de partir pra dois dias de passeio em Veneza, e enfim, voltar a Paris pra seguir com o Maurice na nossa última semana em Paris e na Europa.

Completamente diferente de ontem, o dia não teve (pelo menos pra mim, mas acho que pra todos nós) melancolia. Como já estávamos fazendo hora extra de trabalho, acho que aproveitamos com muita serenidade esse bônus que ganhamos aos 45 do segundo tempo. A France deu o tom logo no começo do trabalho avisando algo do tipo: “não sou do tipo de fica sofrendo com despedidas. Vamos trabalhar e nos despedirmos como se fôssemos nos ver amanhã de novo!”. E assim foi.

Foi um dia “rotineiro”, apesar de curto: começou com a aula, seguida da passagem das músicas. Na aula, mais avanços nos graves da tua mãe que vêm me impressionando mais dia a dia. Nas músicas, nada de grande novidade, apenas um trabalho de fixação consolidação.

Em seguida, a Francesca perguntou o que queríamos trabalhar: texto, fazer perguntas, etc. Eu sugeri fazer um trabalho de continuação do Borracho, dando agora um passo à frente, que é a entrada da expressão, lugar que me desperta particular interesse de aplicação. E assim fizemos.

Apesar de curto, foi muito importante ver a Paulinha patinando pra tentar associar o trabalho que fez durante essas duas semanas com o personagem que já trazia de muito tempo e, nesse caso, com o agravante de ser uma substituição, ou seja, além de tudo é uma recriação a partir do que a Nara criou há doze anos atrás!

Mesmo com todas as dificuldades, ficou muito claro quais os caminhos de crescimento da voz do Borracho e da Paula. O mais satisfatório foi perceber, em mim e nela, como fica palpável o aprendizado: é possível identificar onde ela desliza e onde não, ou seja, esse material, que era muito abstrato, tornou-se concreto, manipulável.

E assim deixamos Firenze. Com uma despedida um pouco mais triste do que “como se fôssemos nos ver amanhã”, saímos dessa cidade incrível com muita bagagem: crescimento como artistas e como pessoas, sapatos italianos, novos amigos, alguns quilos a mais graças às pastas e aos gelatos, e uma gratidão sem fim à disponibilidade e paciência da France. Que privilégio ter passado essa temporada trabalhando diariamente aqui!

Grazie aos participantes da oficina, ao querido Gian Mario e, em especial, Grazie Mille France por tudo!

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